deixando um corredor de luz humedecida,
a mesa do café seria a base
de haver um cais sem mesmo haver partida.
O pêndulo daria aquela face
de esperar o minuto. E a pupila
saberia da sombra, se chegasse
a haver cidade. Mas quando nas esquinas
uma torre é o tempo, a mesa quase
está no sul e nós temos as ruínas
no vento luminoso que passasse.
E o trem arranca. Arranca-nos e dá-se
ao túnel e ao fundo da pupila
como se alguém dobrasse a sombra duma esquina.
Fernando Echevarría "in Sobre as horas"
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