as manhãs, os martelos velozes,
as grandes flores líricas
muita coisa começa a bater
contra os muros do meu poema
.........
a manhã começa a colocar o poema
na parte mais límpida da vida.
E o povo canta-o
enquanto crescem os campos levantados ao cume das seivas.
a manhã começa a dispersar o poema
na luz incontida do mundo.
Herberto Helder
Sem comentários:
Enviar um comentário